sexta-feira, 12 de março de 2010

Começo de tudo ...




Começo aqui o que será o registro de minha viagem de férias, a primeira viagem de fato e efeito, aquela que me encontrará mulher, dona da minha vida, meu destino, meu corpo e vontades.

Saímos cedo de Santa Catarina, como ainda não tenho o traquejo necessário para encarar uma estrada como a BR 101, convidei um amigo para nos acompanhar e claro, assumir a direção do "Valente", convite aceito no ato, pois ele estava indo passar uma temporada na Austrália e queria se despedir dos amigos que deixara no sul.

A viagem corre tranqüila, ele é um baita motorista, tanto que nem minha mãe que nos acompanha e me impede de assediar o gato, reclamou de nada.

O papo rola solto na viagem, passando por política, filmes, livros, filmes, namoros e casamentos, num clima descontraído que fez a viagem ser rápida e nada cansativa.

Estamos quase chegando ao nosso 1º destino – Porto Alegre – descobrimos que éramos vizinhos em 18 anos que moramos na cidade, apesar de nunca termos nos visto, que pena, pois realmente ele é um Gato bem querido.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Narrador sai de cena, a palavra de Alice


Alice estava ansiosa, faltavam pouco mais de dois dias para suas tão ansiadas férias. Tinha milhões de coisas a providenciar antes e o tempo urgia.

Mas o que mais lhe tirava o sono era um problema grave herdado do seu último casamento e que demandava uma atenção especial, tirando um pouco do brilho dessa espera.

Em meio a essa turbulência, os planos seguiam a todo vapor, já estava de posse das passagens aéreas, voucher de hotel e a Bahia já lhe esperava de braços abertos como um Cristo receptivo.

O que esperar dessa viagem? Era uma incógnita para a nossa amiga, e isso mais a excitava. Se por um lado tinha poucas ou nenhuma expectativa quanto ao que encontraria por lá, por outro estava aberta e pronta para o que der e vier, e estava tranqüila para curtir o que seria sua primeira grande viagem de férias.

Sua excitação gritava aos olhos, fazia seu corpo se arrepiar e fazia também com que o tempo ora se arrastasse, ora voasse loucamente.

Mas no momento teria que ater-se as providências que teria que tomar.

O jantar de despedida que ela estava programando fecharia com chave de ouro esse enlouquecido período, malas, salão de beleza pros últimos ajustes na figura, sua saída da cidade, um final de semana em Porto Alegre onde reveria amigos e que prometia altas e muitas festas, mas principalmente ficar bem longe de Angel por 20 dias, sem vê-lo, lê-lo ou sabê-lo. O embarque pra Bahia, um mundo novo que se descortinaria a sua frente, novas culturas, tudo a deixavam vibrando como uma corda nova de guitarra.

Toda essa movimentação fez com que Alice resolvesse escrever um Diário de Bordo, não queria perder no frágil fio da memória nada de suas impressões, queria deixar marcado para sempre essa que seria a primeira grade aventura, de muitas – pensava ela.

A partir desse momento, saio de cena para que Alice conte essa história

"Hasta La vista"